Após o ataque da
última sexta-feira, 17, especialistas descobriram um novo ataque vinculado ao
vírus Wannacry, chamado 'Adylkuzz'
Um novo ciberataque
em grande escala para roubar moeda virtual afetava centenas de milhares de
computadores em todo o mundo nesta quarta-feira, de acordo com especialistas em
segurança cibernética. Após o ataque de sexta-feira, 17, especialistas
descobriram um novo ataque vinculado ao vírus Wannacry, chamado Adylkuzz.
“Utiliza com mais
discrição e para diferentes propósitos ferramentas de pirataria recentemente
reveladas pela NSA e a vulnerabilidade agora corrigida pela Microsoft”, afirmou
o pesquisador Nicolas Godier, especialista em segurança cibernética da
Proofpoint.
“Ainda
desconhecemos o alcance, mas centenas de milhares de computadores podem ter
sido infectados”, disse à AFP Robert Holmes, da Proofpoint, o que indica que o
ataque é “muito maior” que o WannaCry.
Concretamente, este
‘malware’ se instala em equipamentos acessíveis através da mesma
vulnerabilidade do Windows utilizada pelo WannaCry, uma falha já detectada pela
NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), que vazou na internet
em abril.
Este malware cria,
de forma invisível, unidades de uma moeda virtual não localizável chamada
Monero, comparável ao Bitcoin. Os dados que permitem utilizar este dinheiro são
extraídos e enviados a endereços criptografados.
Para os usuários,
“os sintomas do ataque incluem sobretudo uma performance mais lenta do
aparelho”, afirma a Proofpoint em um blog.
A empresa detectou
alguns computadores que pagaram o equivalente a milhares de dólares sem o
conhecimento de seus usuários.
De acordo com
Robert Holmes, “já aconteceram ataques deste tipo, com programas que criam
moeda criptográfica, mas nunca nesta escala”.
O WannaCry afetou
mais de 300.000 computadores em 150 países, de acordo com Tom Bossert,
conselheiro de Segurança Interna do presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump.
AFP
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